Uma doença comum entre as mulheres a partir dos quarenta anos de idade é o câncer de mama, que mesmo sendo uma doença séria e grave, pode ter cura, desde que diagnosticada precocemente.
Quando em fase inicial, um tumor tem menos de um centímetro e se o diagnóstico for feito durante essa etapa da doença, as chances de cura podem chegar a 95%. Se não tratado desde o início, o tumor pode aumentar e a possibilidade de cura total diminuir.
O câncer de mama é o segundo tipo mais freqüente no mundo, atrás apenas do câncer de pulmão. De acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve registrar este ano 11 mil mortes por causa da doença e 51 mil novos casos devem ser diagnosticados.
A mamografia é o principal exame para rastreamento do câncer de mama. Seu objetivo é a detecção precoce da doença. Procuramos por nódulos, microcalcificações, distorções da arquitetura mamária ou áreas densas assimétricas. Todos estes sinais podem indicar a presença de uma neoplasia maligna. Embora outras doenças como inflamações e cistos também sejam diagnosticados, nossa grande preocupação é com o câncer.
Por isso, é tão grande a importância da mamografia, que deve ser feita uma vez por ano por todas as mulheres acima dos quarenta anos de idade, pois é a partir dessa idade que o risco da doença aumenta consideravelmente. Cada mama é avaliada, basicamente, em duas incidências e quando necessário, serão acrescidas magnificações ou compressões localizadas.
Algumas vezes precisamos complementar o estudo mamográfico com outros métodos de imagem, como a ultrassonografia e, em casos específicos, a ressonância magnética. Isto é necessário em algumas pacientes que tem mamas radiologicamente mais densas (maior quantidade de tecido fibroglandular), podendo obscurecer nódulos ou outras alterações. Além disso para a melhor caracterização de nódulos e assimetrias o ultrassom também é fundamental. A ressonância magnética geralmente é reservada para avaliações pré e pós-operatórias.
Mulheres que tenham colocado próteses de silicone nas mamas podem realizar a mamografia normalmente. Contudo, ela deve avisar a técnica que irá realizar o exame que possui silicone nas mamas, para que ela modifique alguns parâmetros no aparelho e realize menor compressão.
Se você já fez mamografia é importante que a traga quando realizar novos exames de mama, pois a comparação entre os exames anteriores e o atual proporciona um diagnóstico mais preciso.
Além da mamografia e de seus complementos, a mulher pode realizar o autoexame, que é baseado na palpação dos seios a procura de possíveis “caroços” e dores isoladas. Qualquer alteração verificada pelo auto-exame deverá ser comunicada com brevidade ao ginecologista.
Dr. Fernando Meira de Faria – Radiologista – CRM-MG: 46.590