O QUE É A ZIKA?
A zika é uma doença causada por um vírus transmitido por mosquitos Aedes, incluindo o Aedes aegypti, que também transmitem a dengue e a chikungunya.
Acredita-se que a contaminação possa ocorrer ainda através de relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada.
A doença é recente, e o Brasil foi o primeiro país de grande população a ter um surto. O Ministério da Saúde comprovou a relação entre infecção por zika na gravidez e microcefalia (o bebê nasce com a cabeça menor que o normal), sendo que estudos mais detalhados ainda estão sendo feitos.
Nem toda grávida que teve zika terá um bebê com malformação no cérebro. Os mecanismos da contaminação do feto ainda estão sendo investigados.
A zika chegou em 2015 ao Brasil, atingindo primeiramente o Nordeste, e ficou conhecida como “virose misteriosa”.
COMO A ZIKA APARECE?
As manchas pelo corpo, que podem causar coceira intensa, são a principal característica da zika. Entre outros sintomas estão febre baixa, conjuntivite, dor de cabeça, dor muscular, inchaço e dor nas articulações e aparecimento de gânglios.
A doença pode levar até 12 dias para se manifestar após a picada.
A evolução da zika é na maioria dos casos benigna, ou seja, a doença costuma sarar sozinha, e os sintomas duram de 2 a 7 dias. Existem alguns raros casos de complicações neurológicas, como a síndrome de Guillain-Barré, que provoca fraqueza e paralisia nos membros.
COMO É O TRATAMENTO?
Apenas os sintomas da zika são tratados. É importante beber bastante líquido e fazer repouso. Não é exigido tratamento no hospital, ao contrário do que acontece nos casos mais graves de dengue.
Assim como na dengue, não devem ser usados medicamentos a base de ácido acetilsalicílico (aspirina).
Em alguns casos, o médico pode receitar anti-inflamatórios e outras medidas para aliviar a coceira. Não tome nenhum remédio sem orientação médica.
A ZIKA CAUSA MALFORMAÇÕES NO BEBÊ?
O Ministério da Saúde afirma ter comprovado definitivamente a ligação entre malformações no bebê, principalmente no cérebro, e a zika. Bebês têm apresentado microcefalia, ou seja, têm a cabeça menor que o padrão dos recém-nascidos.
Se você teve zika ou mora numa região em que há muitos casos da doença, o médico vai monitorar o tamanho da cabeça do bebê nos exames de ultrassom. Caso seja constatada microcefalia, o bebê será examinado quando nascer para que sejam indicadas terapias e tratamentos.
Não se sabe ainda em que fase da gravidez a zika é mais perigosa para o bebê, mas os três primeiros meses são sempre o período mais crítico para infecções que afetem o bebê, porque os órgãos estão em formação.
FUI DIAGNOSTICADA COM ZIKA – POSSO AMAMENTAR?
Embora não haja certeza de que o vírus não é transmitido pelo leite materno, os especialistas afirmam até o momento que as mães que apresentarem sintomas de zika não precisam interromper a amamentação. Continue dando o peito normalmente ao bebê e capriche na ingestão de líquidos.
Como o vírus é transmitido por mosquitos, o melhor que você pode fazer para proteger o recém-nascido é tomar medidas em casa para evitar a presença do inseto (leia mais abaixo sobre medidas de prevenção).
QUEM PEGA ZIKA FICA IMUNE PARA O RESTO DA VIDA?
Sim. Pelo que se sabe até agora, a zika promove a imunização de quem adoece. Ou seja, se você já pegou o zika vírus uma vez, não vai pegar de novo. Mas ainda poderá pegar outras doenças causadas por vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, como os quatro tipos de dengue e a febre chikungunya. Não existe vacina contra a zika.
COMO POSSO ME PROTEGER DA ZIKA?
A principal forma de prevenção é o combate aos focos de mosquito, em especial nos períodos de calor e de chuvas.
Cuidados necessários:
Dr. Fernando Meira de Faria – Radiologista – CRM-MG: 46.590